O Cogumelo dos Contos de Fadas

Sabem aqueles cogumelos que aparecem nos filmes ou livros de contos de fadas e até mesmo em peças decorativas? Encontrámos um verdadeiro nas serras da Ilha da Madeira.

Boa tarde, a todos!

Sejam de novo Bem-vindos ao blog. E nada melhor que dar continuidade ao tema de Natal, falando de…cogumelos!

Sim, cogumelos! Para alguns de vós, pode parecer insólito ou, até mesmo, desinteressante, mas, se forem cá dos meus que adoram este pequeno (ou grande) ser, pertencente ao Reino dos Fungos (sim, eles não são plantas), vão adorar este post.

Sem mais demoras, apresento-vos o famoso cogumelo vermelho com pintinhas brancas, ou melhor falando: apresento-vos, minhas Senhoras e meus Senhores, a Amanita muscaria (aplausos que ela merece).

Ah pois é, e não é que esta espécie de cogumelos não existe só nos filmes, ou nas histórias de embalar? A Amanita muscaria é real e existe nas serras da Ilha da Madeira, mais precisamente, nas zonas do Poiso (Concelho do Funchal), Ribeiro Frio (Concelho de Santana) e Chão das Feiteiras (Concelho de Machico), onde crescem em regiões frias e húmidas alimentando-se da decomposiçao de matéria orgânica (à semelhança de qualquer fungo, não é?).

Este belo cogumelo, é predominante em regiões florestais com clima boreal e temperado do Hemisfério Norte. Porém, o que tem de belo, tem, também, de venenoso. É verdade, meus caros, a Amanita muscaria, possui propriedades psicoativas e alucinogéneas, daí não ser recomendado o seu consumo (por isso, não vale a pena levarem para casa e colocarem-no em uma jarra, até porque, volto a frisar, não é uma planta e iria morrer pouco tempo depois de chegar ao vosso lar).

Assim sendo, vale a pena, “apenas” contemplá-lo na natureza em relação simbiótica com os pinheiros, abetos, cedros… É mais belo no local onde pertence e, desta forma, todos podemos vislumbrá-lo.

A título pessoal, desde pequena que tenho uma “queda” por este ser. Costumava ficar horas a contemplar as “Amanitas artificiais” que a minha mãe colocava na árvore de Natal e, também, em outras decorações espalhadas pela casa.

Mais tarde, já na adolescência vi, em um ano específico que já não me recordo, as mães natais da cidade do Funchal vestidas deste cogumelo, e só pensava para mim: “Quem me dera ser elas!”. E fiquei sempre assim, na expetativa.

Até que, recentemente, em outubro, andava eu pelas “internetes” e vi um desses exemplares, num local que me era familiar (fiquei na dúvida entre Poiso e Chão das Feiteiras), dado o tipo de paisagem que aparecia na fotografia.

Sem mais demoras e toda eufórica, “puxei” o meu namorado e fomos aos locais suspeitos à procura do tal.

Digo-vos que a tarefa não foi nada fácil, pois não são muito comuns aqui na ilha. Parecia que estávamos a procurar uma agulha num palheiro, até que: “É ele ali ao fundo!” - gritava o meu companheiro todo entusiasmado. Digo-vos, quando vi o cogumelo pela primeira vez, parecia uma criança numa loja de doces, os meus olhos brilhavam, eu não acreditava que estava ali diante dos meus olhos, ao vivo e a cores.

Fizemos “milhares de fotos”. Ele mais de lado, de cima, de baixo, ao centro. Tudo o que aquela preciosidade tinha direito. E não é que após descobrir o primeiro, vejo o segundo, o terceiro, o quarto… E a loucura instalou-se (saliento novamente que são difíceis de encontrar, não vimos vinte também).

Em suma, foi no Chão das Feiteiras que os encontrámos, o meu sonho realizou-se, e vivemos felizes para sempre a “vomitar fotografias da Amanita muscaria pelas ”internetes”.

E desse lado, também já viram um destes ao vivo? Se sim, aonde viram? Digam-me nos comentários e não se esqueçam de dar o vosso Feedback!

Cá vos espero para o próximo post!