Sabem aquela emoção de estar nos últimos segundos do “ano velho”? Aquele “nervosinho” à espera que o relógio assinale as 12 badaladas? Aqui, na Ilha da Madeira, tudo isso é vivido de forma ainda mais intensa. Venham daí, descobrir o motivo!
Boa tarde, a todos!
Sejam de novo Bem-vindos ao blog e claro ao novo ano! Desde já, aproveito para desejar-vos a todos um feliz ano novo, cheio de muita, mas mesmo muita Saúde, porque isto da pandemia ainda não deu tréguas.
Ora bem, na verdade, o assunto que vos trago hoje, é algo que, para qualquer madeirense (e não só), é indespensável, à passagem de ano. Estamos pois, a falar do icónico fogo-de-artifício da Madeira.
O tão famoso fogo-de-artíficio da Madeira assinala, oficialmente, a passagem para o ano novo. São cerca de oito minutos de fogo-de-artifício intenso, cheio de cores vibrantes e formatos variados (ex: corações, flores…), com disparos contínuos oriundos de vários pontos estratégicos (já foram contabilizados, aproximadamente, 50 pontos de disparo), espalhados pela cidade do Funchal. De notar que, graças à estrutura de anfiteatro que a cidade do Funchal apresenta, torna o espetáculo pirotécnico ainda mais intenso e especial. Dezenas de navios cruzeiros atracam no porto do Funchal ou circundam a sua baía, para vislumbrar tão ilustre cenário. E com razão! Estamos a falar do maior e melhor espetáculo pirotécnico a nível mundial que até entrou para o “Guiness World Records”, (passagem de ano de 2006 para 2007, mais precisamente) acabando por lhe dar maior credibilidade, visibilidade e claro, curiosidade.
Falando agora um pouco de mim, também como madeirense, que, ao longo de quase 26 anos de vida, vislumbrou todos os anos esta atração, não iria querer outra coisa na “hora da verdade”, que é a entrada do novo ano.
Sinceramente, para mim, iria ser uma mágoa, uma grande mágoa, se, por um ano que fosse, não visualizasse o meu querido “fogo-de-artifício da Madeira. Iria ser, como se faltasse algo, como se eu, verdadeiramente, não tivesse entrado no novo ano, tal é o hábito de assinalar o marco, com tamanho evento. Assim sendo, nessa altura do ano, faço sempre questão de estar presente na Ilha da Madeira, junto dos meus familiares mais próximos.
E é verdade, que quando digo que já vão quase 26 anos nisto. Evidentemente, que talvez os primeiros quatro espetáculos da minha vida nem sequer me lembre, mas quando me comecei a recordar, uiiii não queria mais outra coisa naquela ocasião.
Lembro-me, quando era criança, de ir para uma casa que já não me recordo ao certo se era mesmo do meu avô materno, para ver o fogo. Atualmente, essa casa deu lugar a uma escola, a escola da Achada no Funchal. Fico satisfeita por terem feito daquela velha casa um espaço de aprendizagem, pronto para acolher o futuro, mas, ao mesmo tempo, triste, porque a casa onde brinquei, lancei muitos foguetes e, claro, onde via o fogo, já não existe mais.
Eram os meus primos e eu, uma autêntica alegria! Antes da “hora H”, lançávamos toda a espécie de bombas que existiam (atenção, não confundir com outro tipo de bombas de cariz terrorista, credo), desde ratões, “abelhinhas", beijinhos, estrelinhas, vulcões (os meus favoritos, atualmente, e amplamente utilizados em festas de casamento), bombas de garrafa… Importa salientar, que as bombas “mais perigosas” eram lançadas pelos meus primos mais velhos ou pelos adultos.
E assim foi, todos os anos era essa loucura, até a casa ter dado lugar à escola. Após isso, tenho visto o fogo-de-artifício na minha própria casa.
E, apesar de tudo, não podia estar mais do que satisfeita. É verdade que a saudade daqueles tempos na zona da Achada permanecem. Contudo, sou muito grata pela vista fantástica de um prédio alto, situado no último andar, que tenho sobre a baía do Funchal e, mesmo, sobre o próprio “anfiteatro" da cidade.
Todos os anos, até a atualidade, delicio-me com esse espetáculo panorâmico de oito minutos, junto daqueles que mais amo. Até cheguei a trazer mais familiares a minha casa, mas com o passar do tempo e com a chegada da pandemia, passou a ser eu, a minha mãe e o meu pai (ps - sou filha única).
E que bom que é, mesmo sendo apenas só nós os três. Para mim, é o suficiente e, afinal de contas, tenho a honra de passar este célebre momento com as pessoas mais importantes da minha vida. Prepararmos. na mesma, uma mesa recheada de pratos tradicionais alusivos à época (ex: bolo de mel, bolo rei, carne vinho e alhos…) beber o nosso habitual espumante e lançarmos algumas “bombinhas”.
Em suma, é assim que se vive o fim-de-ano na Madeira, foi assim, que vivi as minhas primeiras passagens de ano e, é assim que, atualmente, as vivo. O “assim” sempre irá se referir, como resumidamente, passar para o novo ano, junto de quem mais amo, a ver o icónico fogo-de-artifício da Madeira que entrou para o “Guiness World Records”.
E desse lado, também já viram o fogo-de-artifício na Ilha da Madeira? Se sim, aonde viram e se gostaram. Ou então, digam-me aonde costumam passar o vosso Revéillon e quais as tradições que jamais abdicam. Digam-me nos comentários e não se esqueçam de dar o vosso Feedback!
Mais uma vez, cá vos espero para o próximo post!
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